Morada
Porque
o poema é assim
como
a rajada do vento
não
se prende, acende.
Porque
o verso está em mim
na
minha cor, na minha história
passa
por meu ori, não se rende.
A
rima aparece faceira
resistente
e morante
explode,
nua, insistente.
A
linguagem nos ensina
e
refaz.
os
nós da gente!
***
Desdobrável... indobrável!
Desdobrável... indobrável!
Era
uma menina
de
olhos sempre acesos
e
coração aos pulos!
A
catar conchas nas estradas secas
e
imaginar rios pelas ruas.
Era
uma menina
de
mãos questionadoras
e
alma anelante!
Como
os seus cabelos – resistentes – sempre ao vento,
inconformada!
E
de não aceitar sins nem nãos
nem
de tremer aos moldes
querer
outros acordes.
Desafiou
os tempos
pelo
cheiro da liberdade!
Rebelou-se
revelou-se
redirecionou-se!
Tornou-se
mulher
indecifrável
desdobrável.
Guarda
as tempestades.
E
costura caminhos!
***
A cama
Sob
o seu corpo
Não
me mostro
Me
sirvo
Estremecida
Farta
Prato
principal.
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