DEGENERAÇÃO
Dos
homens de civismo a pura raça
No
torrão brasileiro degenera ;
A
uberdade tornou-se tão escassa,
Que
o terreno parece que não gera.
Por
mais irrigação que se lhe faça,
Os
fructos já não há, como os houvera;
A
lavoura de outr'ora hoje é fumaça,
Cultivada
fazenda hoje é tapera.
A
indústria nacional é quasi nulla,
E
é só de cavalheiro a que regula,
Consistindo
nas trocas e baldrocas.
A
terra, enfim, não é como era d'antes :
Depois
de produzir muitos gigantes,
Produz
agora lesmas e minhocas.
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JUSTO EPIGRAMA
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JUSTO EPIGRAMA
Não
tem nada de notável,
nada
tem de cousa rara
trazer
o juiz por símb'lo
uma
retorcida vara.
Se
esta bem merece o epilheto
de
flexível, dobradiça,
pôde-se
dizer o mesmo
a
respeito da justiça.
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EPIGRAMA
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EPIGRAMA
Aprenderão
aritmética
o
pródigo e o avarento;
Nas
operações ou contas
era
diverso o talento.
Em
repartir o primeiro
muito
habilitado fica;
Pelo
contrario o segundo
habilmente
multiplica.
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