SERVIDÃO
Não luto contra a carne: eu a respeito.
Não posso lhe negar o seu direito
de realizar-se como ser, sujeito
vivo, por natureza insatisfeito,
regido dia e noite sob o efeito
da libido, veículo eleito
pra dar à carne o físico conceito
de prazer. Quanto mais sinto no peito
convocação da carne para o leito,
mais sou file a ela, mais aceito
servi-la ― sem mostrar-me contrafeito ―,
afinal no meu sangue flui o preceito
de insaciabilidade ― que aproveito
até me ver esgotado, rarefeito.
***
MINHA BAHIA
POEMA XV
Sofrer..., mas ser da fé um puritano.
Sorrir inda que o sofrimento insista.
São esses os caminhos do otimista,
principalmente quando ele é baiano.
Viver feliz não é nenhum engano.
Sabemos que nem tudo é “terra à vista”!
Mas cada ritmo expressa uma conquista
que faz-nos liberar o lado ufano,
apimentado da baianidade
que nos tornou exemplo de saudade
no coração de quem sente a Bahia.
É o beijo de um amor que se quer ter,
reverenciando-o, e com ele assim viver
um estado em eterno estado de poesia!
MINHA BAHIA
POEMA XV
Sofrer..., mas ser da fé um puritano.
Sorrir inda que o sofrimento insista.
São esses os caminhos do otimista,
principalmente quando ele é baiano.
Viver feliz não é nenhum engano.
Sabemos que nem tudo é “terra à vista”!
Mas cada ritmo expressa uma conquista
que faz-nos liberar o lado ufano,
apimentado da baianidade
que nos tornou exemplo de saudade
no coração de quem sente a Bahia.
É o beijo de um amor que se quer ter,
reverenciando-o, e com ele assim viver
um estado em eterno estado de poesia!
***
TEU CHEIRO
Teu corpo exala um cheiro inconfundível!
TEU CHEIRO
Teu corpo exala um cheiro inconfundível!
Fragmenta-se
atrás dele um só desejo
em
mil e um cachorros em cortejo
...farejando
o intocável no impossível!
Com
uma devoção inexaurível
inalo-o
como um solo sertanejo
que
absorve a santa chuva de sobejo
após
anos de seca corrosível.
Teu
cheiro para mim é o manifesto
da
carne apimentada pelo gesto
do
amor quimicamente transformado
...em
síntese olfativa de uma luz
que
sedutoramente me conduz
a
um plano tão profano quão sagrado!
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