Gustavo
Felicíssimo é natural de Marília, interior de São Paulo, radicando-se na Bahia
a partir de 1993. Reside desde janeiro de 2007 em Itabuna. Escritor e
empreendedor cultural. Graduando do curso de Letras (UESC). Possui artigos
publicados em importantes revistas, jornais e sites literários, entre os quais
citamos: Jornal A Tarde, Revista O Escritor (UBE), e os sites www.cronopios.com.br e www.revistazunai.com. Em 2005, fundou
em Salvador, juntamente com outros escritores, o tablóide literário SOPA, do qual foi seu editor. Participa
como representante da Bahia na 1ª Conferência Nacional de Cultura, 2005. 2006 –
Promoveu o encontro literário SOLTANDO
O VERBO, em Salvador, durante oito
semanas consecutivas, no Restaurante Extudo, onde recebeu 16 escritores para
falarem sobre suas obras e questões fundamentais ligadas à literatura. 2007 –
Começa a atuar como preparador de textos para diversas editoras. Colaborado com
a publicação de: Firmino Rocha: Poemas
escolhidos e inéditos, Via Litterarum. Inicia como colunista do jornal Agora, de Itabuna, atividade que mantém
até o ano seguinte. Colabora, em 2008, com a publicação dos seguintes livros: Plínio de Almeida: poesia reunida,
Editus; e Rascunhos do Absurdo, de
Jorge Elias Neto, Editora Flor & Cultura, Espírito Santo. 2009. É
organizador do livro Diálogos: Panorama
da nova poesia grapiúna, Editus/Via Literarum. Em 2009, torna-se Diretor de
Projetos da Fundação Cultural de Ilhéus. Já em
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ELEGIA PARA ALBERTO DA CUNHA MELO
Outro
chope, garçom,
sentimos
sede porque a realidade é fuga
e fugaz o
tempo se apresenta.
Sentimos
sede porque a realidade é crua
e
terríveis os seus desdobramentos,
tão
terríveis quanto a razão que contraria a fé,
a vida
envolvida em mistérios
e essa
vertigem que me oferece este poema.
Ah, como
é triste a condição humana!
Como é
triste o horizonte que nos margeia.
Contudo,
não será capaz o crepúsculo de evitar o gênio,
por isso
essa Elegia no ventre da noite,
esse copo
de chope, o linguajar vulgar.
Por isso,
Alberto, os seus poemas insistem.
Neles me
reconheço e me edifico,
uma vez
que o tempo gasto
com
inúteis procelas não nos alimenta,
pois em
essência somos feitos de suavidade e compaixão.
Eu sei
não ser preciso outro poeta eivá-lo de loas,
mas
quiseram as Musas que fosse assim,
quiseram
os anjos
e a pomba
pousada sobre os livros sagrados
[que
fosse assim.
Próximo
aos teus poemas não tenho horário
ou
percebo o tempo esvair,
próximo
aos teus poemas o momento é outro
e outras
são as formas do existir,
próximo
aos teus poemas tenho a lua, os pélagos,
próximo
aos teus poemas estou mais próximo de todo Ser.
Agora
vai, viaja no infinito que a despedida é dispensável,
leva
consigo as nuvens e o silêncio das borboletas,
leva no
coração os dias floridos
enquanto
ficamos aqui, vivendo essa Casa Vazia.
***
SENDA
Sou como o invisível céu
que não vos inspira cuidados,
pois retorno depois das névoas
sobre os campos abandonados;
sou finito e celebro o fogo
infindável do grande jogo
a nos enlaçar a garganta;
creio no vórtice da voz
sacrossanta que a tudo encanta;
trago os
haveres desse mundo;
sou terra, sou campo fecundo.
sou terra, sou campo fecundo.
***
HAI-KAI
...o
vento de outono
como um pássaro que passa
partiu sem adeus...
como um pássaro que passa
partiu sem adeus...
obrigado pela força, meu amigo
ResponderExcluirTive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na semana passada (03/06/2016)e o papo foi tão intenso e agradável como há muito não encontrava em alguém; que mal tivemos tempo de nos apresentar, muito menos de trocarmos números telefônicos. Que Deus abençoe e lhe proporcione o sucesso que vc indubitavelmente merece. Se ainda visitar esta página me ligue (73 98826-0450 tb WS). Aqui estive em busca de melhor conhecer vc e fico satisfeito com a sua trajetória e luta. Parabéns!!! Um grande abraço deste novo amigo que deseja conhecer melhor a sua cabeça cultural! Ranzaro
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