O PAVÃO VERMELHO
Ora, a alegria, este pavão vermelho,
está morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho
a uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho,
os meus outros pavões foram-se embora.
Ora, a alegria, este pavão vermelho,
está morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho
a uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho,
os meus outros pavões foram-se embora.
***
TORNOU-ME O POR DO
SOL
UM NOBRE ENTRE OS
RAPAZES
Queima
sândalo e incenso o poente amarelo
perfumando a vereda, encantando o caminho.
Anda a tristeza ao longe a tocar violoncelo.
A saudade no ocaso é uma rosa de espinho.
perfumando a vereda, encantando o caminho.
Anda a tristeza ao longe a tocar violoncelo.
A saudade no ocaso é uma rosa de espinho.
Tudo é
doce e esplendente e mais triste e mais belo
e tem ares de sonho e cercou-se de arminho.
Encanto! E eis que já sou o dono de um castelo
de coral com porões de pedra e cor de vinho.
e tem ares de sonho e cercou-se de arminho.
Encanto! E eis que já sou o dono de um castelo
de coral com porões de pedra e cor de vinho.
Entre os
tanques dos reis, o meu tanque é profundo.
Entre os ases da flora, os meus lírios lilases
meus pavões cor de rosa os únicos do mundo.
Entre os ases da flora, os meus lírios lilases
meus pavões cor de rosa os únicos do mundo.
E assim
sou castelão e a vida fez-se oásis
pelo simples poder, ó por do sol fecundo,
pelo simples poder das sugestões que trazes.
pelo simples poder, ó por do sol fecundo,
pelo simples poder das sugestões que trazes.
***
PAVÃO AZUL
No jardim do castelo desse bruxo
d’asas d’ouro e olhos verdes de dragão,
tu és à beira de um lilás repuxo
um grande lírio de ouro e de açafrão.
Transformado em pavão por esse bruxo,
vivo te amando em tardes de verão,
dentre as rosas e os pássaros de luxo
do jardim desse bruxo castelão.
Tenho medo que um dia o jardineiro...
Mas nunca estou bem certo, do canteiro
há de colher-te, oh minha flor taful!
Porque ele sabe que em manhã serena
não suportando a ausência da açucena,
há de morrer este pavão azul.
No jardim do castelo desse bruxo
d’asas d’ouro e olhos verdes de dragão,
tu és à beira de um lilás repuxo
um grande lírio de ouro e de açafrão.
Transformado em pavão por esse bruxo,
vivo te amando em tardes de verão,
dentre as rosas e os pássaros de luxo
do jardim desse bruxo castelão.
Tenho medo que um dia o jardineiro...
Mas nunca estou bem certo, do canteiro
há de colher-te, oh minha flor taful!
Porque ele sabe que em manhã serena
não suportando a ausência da açucena,
há de morrer este pavão azul.
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