quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

LEILA KRÜGER (1982 - )

Nasceu em IjuÍ, noroeste do Rio Grande do Sul. Em 2011 foi classificada em quarto lugar no XXXIII Concurso Internacional Literário, nas categorias Conto e Poesia, tendo seus escritos publicados na coletânea Amanhã, Outro Dia, da AG Publicações. Também fui selecionada para a antologia Tempo de Tudo - Contos e para a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Volume 83, em 2011, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Tem poesias e contos publicados em sites e revistas. 












FLOR DE FIM


Como saber?
            Se a tristeza é breve
            se a alegria é forte
            se a paz é leve.
            Se a fé rebrota
             no inverno gris.
            Se teus dedos
            na madrugada
            fazem meu fim.
            Como saber?
            Entender tua cor.
            Como saber?
            Se já não sou.
            Como não ser?
            Se nós somos flor...



***



LONGE


Mas se eu tiver que ser sozinha, serei inteira
serei plácida, como o lago que espera a chuva
como a chuva que busca a manhã.

E se eu tiver que ser escura, serei grandiloquente
se tácita, valente
se árida, compreensiva, ao menos
se ainda assim severa... então liberta.

E se me perder de tudo, e até do fim...
possivelmente eu serei nova
como o verão, no céu de janeiro
como janeiro, no céu de Paris!
Seja lá onde for Paris...          

Hoje, em qualquer lugar, longe daqui. Longe, longe...


***




ESPELHO


Tenho em mim toda a calma e toda a falta
tenho tuas feições delicadas
dormindo lânguidas em paredes cálidas
e tenho tua cor, tua sutil flor em rosa...
– um vazio que chamo apenas de amor.
     
Fiz-me escada louca pra mirar tua boca
e cair do alto da morada frouxa
que é tua louça, que é tua roupa
que é teu rosto suposto no espelho
                                   da insensatez
– não, não me quebres... eu sou teu resto! 





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