SONETO NOTURNO
Vem
a noite de lilás e prata
pelas
estradas arrastando as vestes
trazendo
a lua que se mostra grata
ascendendo
pelos lados lestes.
As
paisagens já estão soturnas,
nos
casebres, iluminação,
uma
chuva que se fez noturna,
nos
caminhos alguma assombração.
Tudo
quieto, tudo tão parado
nesses
sítios quando a noite vem
as
pessoas se recolhem cedo,
pelos
ermos não se vê ninguém,
não
demora a madrugada rompe
um
galo canta em outro sítio, além...
***
MAIS UM DIA, PORTANTO,
ESTÁ CHEGANDO
Branca
luz sobre as folhas
da
madrugada,
o
sol ainda não botou a cara ardente
sobre
o mar.
Uns
últimos insetos (lálias, duxas, vambratis)
vagam
sob a luz dos postes.
Pelas
casas pouca iluminação,
a
lua lentamente vai embora,
outro
dia, portanto, está chegando;
logo
mais abramos as janelas.
***
A BAÍA ABRAÇA A ILHA
A
baía abraça a ilha,
o
sol ensopa julho de suor;
a
linha d´água,
a
tez contra o azul.
Olhos
que se ajustam à paisagem,
água,
céu e ilhas;
alguma
embarcação,
gente
translúcida
sobre
o lombo branco de Mosqueiro.
Segue
julho,
verão
de muitas cores;
o
belo mora nestas praias,
nos
lábios rubros das mulheres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário