|
Erilaine Perez da Silveira é gaúcha, nascida aos 31 dias do mês de março de 1979, na cidade de Santiago. Escritora, professora (apaixonada) de Literatura, funcionária pública do município, curadora do Museu Municipal Pedro Palmeiro, redatora, há seis anos, dos textos comerciais da Rádio Verdes Pampas Fm. Já teve vários poemas e crônicas poéticas publicadas em jornais de circulação da sua cidade e região, inclusive no jornal Zero Hora, de circulação nacional. Também conquistou colocação em alguns concursos de contos. Foi colaboradora no projeto Para ler Santiago melhor: poesia nos muros, realizado pelo Curso de Letras, da universidade local; voluntária no Projeto Amigos da Biblioteca, em que teve a oportunidade de realizar oficinas literárias em todas as escolas da rede municipal e em grande parte das da rede estadual de ensino da sua cidade. Colaboradora do projeto Rua dos Poetas, realizado pela prefeitura municipal, organizando a Antologia II: Rua dos Poetas, cujo objetivo se funda na criação de uma identidade poética para a cidade que leva o epíteto de “Terra dos Poetas”. Mantém, desde 2008, o blog intitulado Rúbida Rosa, em que publica os seus textos e "descobertas" acerca do universo literário e de onde surgiu a inspiração para a edição de seu primeiro livro, sob o mesmo nome, lançado na 13ª Feira do Livro de Santiago, no ano de 2011. |
JANEIRO
janeiro zumbe
na janela
zanza nas saias
janeiro ginga
na noite
zoa nas sacadas
janeiro sua
nos copos
ruge nos estádios
janeiro zine
nos ouvidos
tine na carne
janeiro
zumbe e zanza
ginga e zoa
zine e tine
em janeiro
quem se tisne
não há
***
ALMA VELHA
Mote vago que debruça
tantas penas no papiro.
Tudo é lindo, colorido,
Enquanto a rosa não murcha.
Perde-se toda ventura
na mocidade que expira.
O sentimento se esfuma
numa promessa que finda.
Tudo que vive fenece,
levado pela corrente
desse rio que obedece
ao mais profundo, onde as águas,
paradas, são para sempre
repositório de nadas.
***
ARTE CELESTE
ausência
de
azul
o pito
de
deus
acinzenta
o céu
a culpa
veste
mistérios no
limbo
a redenção
dança
no apocalipse
o homem
vive
pelo perdão
da morte
Agradeço muitíssimo ao nobre poeta e, posso dizer com honra, amigo, por ter visto "a graça" em meus escritos. Também, por colocar-me ao lado de dois grandes literatos, coisa que muito me lisongeou. Abraços e vida longa a essa sua atitude, bela atitude, de realizar o "encontro" entre as gerações literárias.
ResponderExcluir